Preocupação no cenário doméstico.

Os investidores seguem atentos às novas medidas do governo que podem piorar a situação fiscal do país. No centro dos holofotes está o ministro Paulo Guedes, que deve apresentar hoje uma proposta de R$ 300 para o auxílio-emergencial. Segundo informações do G1, um novo plano para o R...

Marlon Scatolin 28/08/20 às 20:28
Preocupação no cenário doméstico.

Os investidores seguem atentos às novas medidas do governo que podem piorar a situação fiscal do país. No centro dos holofotes está o ministro Paulo Guedes, que deve apresentar hoje uma proposta de R$ 300 para o auxílio-emergencial. Segundo informações do G1, um novo plano para o Renda Brasil deve ficar para depois. O mercado aguarda maiores informações sobre a fonte dos recursos que financiarão as medidas.

No exterior, os mercados operam sem uma direção definida, pesando o anúncio da mudança a declaração de Powell de que o BC americano adotará uma nova estratégia de política monetária e as preocupações com a retomada da economia pós-covid.

Temos o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio de política econômica de Jackson Hole impulsionou as bolsas americanas e ajudou a bolsa brasileira a fechar o dia de forma estável depois de uma sessão com grandes oscilações, aliviando a tensão com o cenário político local.

Powell informou que a partir de agora a política monetária do banco central americano será pautada por uma taxa de inflação média. Ou seja, o Fed irá esperar os sinais de que a inflação encontra-se dentro da meta de 2% ao ano antes de voltar a subir os juros. A leitura dos investidores é de que os juros devem ficar baixos por um bom tempo no país, mesmo que sugira uma recuperação mais lenta do que a esperada.

O Ibovespa fechou o dia estável e as ishares fechando com uma alta de 0,68%. O dólar teve um dia de alívio, fechando em queda de 0,66%, a R$ 5,5773 no spot

O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou a transferência de R$ 325 bilhões do Banco Central para o Tesouro Nacional, que diz estar com 'severa restrição de liquidez'. Uma nota da CMN deixa em aberto a possibilidade de novas tranferências.

O recurso deve ser utilizado no pagamento da dívida pública.

O exterior está misto no dia de hoje, o pronunciamento do presidente do Federal Reserve teve efeito limitado no pregão asiático. Enquanto na maior parte do continente o tom positivo predominou, a notícia que pesou nos mercados foi a renúncia do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, por motivos de saúde, derrubaram a bolsa de Tóquio.

A nova política para a inflação americana, anunciada por Powell, não é o suficiente para deixar as bolsa europeias no campo positivo. No continente, as preocupações com o ritmo da retomada econômica predominam.

A França confirmou uma retração de 13,8% em seu PIB no segundo trimestre. O índice de confiança alemão indicou sinais de enfraquecimento depois de três meses de melhora. Os investidores também aguardam a participação do presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, no simp´sio de Jackson Hole.

Nos Estados Unidos, os agentes financeiros também monitoram as negociações para um novo pacote de estímulos fiscais no Congresso. Nesta manhã, os índices futuros operam sem uma direção definida.

A agenda de hoje temos o IGP-M de agosto é divulgado às 8 horas, mas o destaque do dia fica os resultados do Governo Central (14h30), que deve mostrar um déficit de R$ 94,35 bilhões em julho. O Tesouro também divulga o relatório mensal da dívida pública federal 14:15.

No fim do dia, o ministro Paulo Guedes participa de videoconferência promovida pelo Instituto Aço Brasil.

Lá fora, temos o índice de atividade industrial dos Estados Unidos 10:45 e dados da Baker Hughes sobre poços e plataformas.

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