Olha ele, olha ele.

Mercado, que passou os últimos meses temeroso que o coronavírus voltasse a prejudicar a economia global, teve suas piores suspeitas confirmadas. Com a doença ganhando força novamento na Europa e nos Estados Unidos, França e Alemanha voltaram a adotar lockdowns e outros países podem s...

Marlon Scatolin 29/10/20 às 17:50
Olha ele, olha ele.

Mercado, que passou os últimos meses temeroso que o coronavírus voltasse a prejudicar a economia global, teve suas piores suspeitas confirmadas. Com a doença ganhando força novamento na Europa e nos Estados Unidos, França e Alemanha voltaram a adotar lockdowns e outros países podem seguir o mesmo caminho.

Muito semelhante aos vividos no auge do coronavírus, o mercado financeiro global viveu um dia sangrento, com quedas expressivas, nesta quarta-feira. Nesta manhã, no entanto, os principais índices acionários globais tentam timidamente recuperar parte das perdas do dia anterior.

Ibovespa, assim como o restante dos índices acionários globais, sofreu com a confirmação de que o coronavírus deve voltar a fechar a economia europeia, prejudicando a recuperação econômica.

A bolsa brasileira teve a sua maior queda percentual desde o dia 24 de abril, fechando a sessão em queda de 4,25%, e as ishares com uma queda de -5,36%.

Penalizados desde o início da pandemia, oa papéis das empresas do setor de turismo e aviação foram as que mais sofreram.

O dólar também registrou forte alta e chegou a se aproximar perigosamente da casa dos R$ 5,80 - o que fez o Banco Central atuar no câmbio ainda nos primeiros momentos do pregão. No fim do dia, a moeda americana subiu 1,39%, a R$ 5,7619.

O dia também foi carregado para os investidores brasileiros após o fechamento e as novidades devem repercutir nesta quinta-feira. Vale, Petrobras e Bradesco divulgaram os seus balanços do terceiro trimestre e o Copom anunciou a sua decisão sobre a taxa básica de juros.

O Banco Central manteve a taxa básica de juros inalterada e, mesmo com pressão do mercado com a alta da inflação e a percepção negativa da situação das contas públicas, indicou que a Selic deve continuar em níveis baixos por um bom tempo no futuro.

Na agenda de hoje temos decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que pode anunciar novos estímulos.

Além disso, a temporada de balanço segue com força no exterior. Para hoje, estão previstos os resultados de Apple, Alphabet, Facebook, Amazon e Casino.

Nos Estados Unidos, além dos pedidos de auxílio desemprego da semana anterior, temos também a leituro do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre.

A agenda doméstica conta com a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão mista que fiscaliza as ações de combate ao coronavírus (10h), divulgação da inflação do aluguel, o IGP-M (8h) e os balanços de Usiminas e B2W.

Precisa de ajuda profissional? Fale conosco. Preciso de ajuda profissional