Injeção de dinheiro sustenta as bolsas mundiais.

Ontem ata do Federal Reserve patrocinou uma nova rodada de aversão ao risco pelos mercados, após levantar dúvidas sobre a velocidade da recuperação econômica global. Hoje, a ata do Banco Central Europeu e os números de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos na última sem...

Marlon Scatolin 20/08/20 às 08:54
Injeção de dinheiro sustenta as bolsas mundiais.

Ontem ata do Federal Reserve patrocinou uma nova rodada de aversão ao risco pelos mercados, após levantar dúvidas sobre a velocidade da recuperação econômica global. Hoje, a ata do Banco Central Europeu e os números de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos na última semana devem ditar o ritmo dos negócios.

No Brasil, a questão fiscal fica mais uma vez em evidência - com reflexos no câmbio. Na Câmara, os deputados discutem sobre o veto ao reajuste de alguns setores do funcionalismo público. Os números da arrecadação federal e desempenho da indústria dão dicas sobre a retomada da economia brasileira.

A injeção de liquidez patrocinada pelos bancos centrais pelo mundo tem sustentado as altas recentes das bolsas de valores globais. Mas o cenário para mais estímulos parece perto do fim o que arrasta os índices globais para o vermelho.

Ontem, a ata da última reunião monetária do Federal Reserve trouxe uma dose extra de cautela aos mercados. A instituição projetou uma retomada econômica instável e afirmou que não deve realizar novas medidas extraordinárias de estímulos. O documento arrastou para o vermelho os mercados do mundo todo.

Além do pessimismo do banco central americano, as bolsas asiáticas também refletiram a decisão do Banco do Povo da China de manter a taxa de juros inalterada pelo quarto mês seguido.

O crescimento nos números de casos de coronavírus - principalmente na Coreia do Sul - também contribuiu para a queda generalizada das bolsas do continente. Por outro lado, surge a notícia de que autoridades comerciais da China e dos Estados Unidos irão discutir a relação comercial dos países por telefone em breve.

Ainda assim, o sinal que predomina nos mercados nesta manhã é negativo. As bolsas europeias operam em queda e os índices futuros em Nova York seguem a mesma tendência.

A cautela trazida pela ata do Federal Reserve também pesou no Ibovespa na tarde de ontem.

O principal índice da bolsa brasileira terminou o dia próximo das mínimas, em queda de 1,19% a e as ishares em uma queda de 2,77%. Os investidores brasileiros também refletem as preocupações com a situação fiscal do país e o possível rompimento do teto de gastos.

No câmbio, o dia foi de tensão. A moeda americana fechou a sessão com alta de 1,16%, a R$ 5,5302 no spot.

Na agenda de hoje os agentes financeiros ficam de olho na votação da Câmara que deve discutir os vetos que permitem os reajustes salariais para o funcionalismo público.

Na agenda de divulgações temos a arrecadação federal 14:30 e números da confiança do setor industrial 8:00.

Lá fora, o destaque do dia é a ata da reunião do Banco Central Europeu 8:30 e o número de pedidos de auxílio-desemprego da semana nos Estados Unidos 9:30.

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