De olho no câmbio.

Sexta-feira começa com a exibição de sinais mistos nos mercados internacionais. Enquanto os índices futuros em Nova York ensaiam um dia de recuperação, na Europa a cautela impera com o impasse nas negociações de um acordo pós-Brexit entre União Europeia e Reino Unido.

Marlon Scatolin 11/09/20 às 11:50
De olho no câmbio.

Sexta-feira começa com a exibição de sinais mistos nos mercados internacionais. Enquanto os índices futuros em Nova York ensaiam um dia de recuperação, na Europa a cautela impera com o impasse nas negociações de um acordo pós-Brexit entre União Europeia e Reino Unido.

No Brasil, os investidores aguardam os números do volume de serviços de julho e monitoram as falas do presidente Jair Bolsonaro sobre uma possível intervenção do governo no câmbio.

O fastasma da interferência governamental na economia volta a assombrar o mercado financeiro local, após o presidente Jair Bolsonaro declarar em sua live semanal que tem conversado com os seus ministros e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, sobre caminhos legais para que o dólar não suba tanto, o que pode mexer com a cotação da moeda nesta sexta-feira.

No radar dos investidores também está a alta recente dos alimentos. O presidente disse ter autorizado a ministro da Justiça, André Mendonça, notificar supermercados pelo aumento dos itens da cesta básica. Enquanto isso, o ministério da Economia criticou em ofício medidas de controle de preços e alertou para a possibilidade de desabastecimento e busca pelo mercado informal

A pausa na cautela nas bolsas americanas foi breve e os investidores voltaram a mostrar preocupação com o preço dos ativos de risco nesta quinta-feira, com as bolsas americanas voltando a fechar em queda.

O movimento também foi alimentado pelos sinais mistos com relação a recuperação da economia global e as negociações entre União Europeia e Reino Unido em torno do Brexit.

Com o cenário negativo no exterior, a bolsa brasileira - que chegou a abrir o dia em alta - terminou a sessão em queda de 2,43% e as ishares -3,20%. O dólar subiu 0,39%, a R$ 5,3188 no spot.

Durante a madrugada, as bolsas asiáticas foram na contramão de Wall Street e fecharam o dia em alta.

Na Europa, a grande pauta dos últimos dias voltou a ser o Brexit. No momento, a União Europeia e o Reino Unido se encontram com um impasse nas negociações sobre o pacto comercial que deveria entrar em vigor em janeiro do ano que vem, após o período de transição do Brexit.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, encaminhou um projeto de lei que desfaz alguns pontos do acordo com a UE. O bloco espera que o governo britânico descarte os planos de anular o tratado do Brexit.

O impasse traz cautela aos negócios no continente, com as principais bolsas europeias operando no vermelho.

Em Nova York, os índices futuros das bolsas americanas voltam a exibir sinais de recuperação. Por volta das 7h45, os três principais índices operavam em alta.

O EWZ, principal ETF brasileiro negociado em Nova York, apresenta alta de quase 1% nesta manhã.

Na agenda de hoje temos o destaque do dia é a divulgação do volume de serviços prestados em julho pelo Instituto Brasileiro de Geogradia e Estatística (IBGE) (9h). A expectativa dos analistas é de que o setor apresente uma alta de 3,45%.

Lá fora, o destaque do dia fica com o índice de preços ao consumidor de agosto dos Estados Unidos (9h30) e a reunião dos ministros das Finanças da zona do euro (14h).

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