Investidores devem repercutir dados do Copom e hoje sai dados do varejo.

No dia de hoje, os investidores locais devem reagir ao comunicado da última decisão de política monetária do Copom. Na noite de ontem, a instituição manteve a Selic em 2% ao ano, mas indicou que o 'forward guidance' pode ser abandonado em breve. O comunicado da decisão voltou a defe...

Marlon Scatolin 10/12/20 às 15:55
Investidores devem repercutir dados do Copom e hoje sai dados do varejo.

No dia de hoje, os investidores locais devem reagir ao comunicado da última decisão de política monetária do Copom. Na noite de ontem, a instituição manteve a Selic em 2% ao ano, mas indicou que o 'forward guidance' pode ser abandonado em breve. O comunicado da decisão voltou a defender que o aumento dos preços é um choque temporário. Outra novidade é que a autoridade monetária afirmou que o cenário para que as condições do 'forward guidance' - Selic baixa por um longo tempo - pode não ser mais satisfeito em breve. No entanto, a indicação do comunicado sugere que os juros devem se manter baixos por mais um tempo.

"No cenário de retirada do forward guidance, a condução da política monetária seguirá o receituário do regime de metas para a inflação, baseado na análise da inflação prospectiva e de seu balanço de riscos", disse o BC.

Lá fora, o clima é de altas moderadas nesta manhã, na expectativa pelo anúncio da decisão de política monetária do Banco Central Europeu. No entanto, o impasse em torno do novo pacote fiscal nos Estados Unidos e o avanço do coronavírus seguem sendo monitorados.

Hoje a decisão de juros vem da Europa. Os analistas esperam que o Banco Central Europeu continue apresentando medidas de estímulos, o que sustenta o viés positivo das ações da região nesta manhã. Em compasso de espera pela decisão europeia, os índices futuros em Wall Street também amanhecem em alta.

Na Ásia, no entanto, os negócios fecharam o dia no vermelho. Isso porque os investidores preferiram focar a atenção nos pontos de tensão que ainda rondam o mercado.

É o caso do avanço do coronavírus na Europa e nos Estados Unidos, em uma velocidade e com números ainda mais assustadores do que a primeira onda. Novas medidas restritivas vêm sendo adotadas, o que deve impactar novamente a atividade econômica no curto prazo.

Com esse cenário em mente, outro fator que pesou no mercado foi o impasse em torno de um novo pacote de estímulos fiscais nos Estados Unidos. Embora as conversas tenham voltado a acontecer, republicanos e democratas ainda parecem longe de um acordo.

Outro fator que pode pesar nos negócios hoje é a restrição de viagens de autoridades norte-americanas a Hong Kong, anunciada pela China. A medida é uma retaliação contra uma proposta semelhante sobre chineses em Washington. Segundo o Ministério das Relações Exteriores em Pequim, membros do governo dos EUA, membros do Congresso em Washington, funcionários de organizações não governamentais e seus familiares imediatos sofrerão sanções recíprocas.

Na agenda de hoje temos no exterior, divulgação da decisão de política monetária (9h45), seguida da coletiva da presidente do BCE, Christine Lagarde (10h30).

Nos Estados Unidos, temos a divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego da última semana semana (10h30) e números da inflação (10h30).

No Brasil, também temos eventos importantes, como a divulgação das vendas no varejo no mês de outubro (9h) e a participação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em evento online.

 

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