Depois de um dia de euforia, temos índices mundais operando de forma mista.

Notícias sobre uma possível vacina contra o coronavírus têm ajudado os mercados acionários globais desde o início da pandemia. Em um momento em que diversas regiões da Europa e Estados Unidos voltam a bater recordes de infectados e ter a necessidade de isolamento social possivelment...

Marlon Scatolin 10/11/20 às 20:52
Depois de um dia de euforia, temos índices mundais operando de forma mista.

Notícias sobre uma possível vacina contra o coronavírus têm ajudado os mercados acionários globais desde o início da pandemia. Em um momento em que diversas regiões da Europa e Estados Unidos voltam a bater recordes de infectados e ter a necessidade de isolamento social possivelmente comprometendo a recuperação econômica -, as novidades possuem ainda mais peso.

Ontem, a notícia de que a Pfizer conseguiu 90% de eficácia com a sua vacina experimental, que está em testes finais ampliou o rali iniciado na semana passada, quando a perspectiva de uma vitória democrata nos Estados Unidos embalou os negócios. No entanto, a preocupação com a segunda onda do coronavírus limita os ganhos na Europa e faz os índices futuros em Wall Street operarem mistos.

No Brasil, os investidores seguem de olho na temporada de balanços corporativos e aguardam a participação do ministro Paulo Guedes em evento.

Assim como o restante dos índices globais, o Ibovespa teve uma segunda-feira de euforia.

Com o mercado positivo e otimista com a possibilidade de vacina, o índice brasileiro avançou 2,57% e as ishares com uma alta de 2,21%. O setor de aviação - um dos maiores afetados pela crise do coronavírus - foi um dos grandes destaques positivos do pregão. Enquanto o Ibovespa segue buscando patamares cada vez mais elevados, o dólar segue uma tendência mais volátil.

A moeda chegou a cair mais de 3%, a R$ 5,2252, mas o volume expressivo de compradores equilibrou a cotação e fez a divisa fechar o dia em baixa de apenas 0,04%, a R$ 5,3917.

Aqui no Brasil temos, notícias envolvendo vacinas não são positivas. Ontem, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) paralisou o estudo clínico da CoronaVac, após um efeito adverso grave. A vacina, produzida em parceria com o Instituto Butantan, é a grande aposta do governador João Doria e motivo de atritos com o governo federal.

Além disso, o cenário fiscal brasileiro segue no radar. Ontem, o presidente da Câmara, Rodrigo

Maia, voltou a indicar que é necessário que as reformas caminhem para que o Brasil não sofra ainda mais com os efeitos da crise e voltou a criticar a base do governo, que, segundo ele, trava as pautas de grande importância.

Além dos balanços corporativos, que seguem influenciando o mercado, a agenda brasileira ainda tem outros destaques. Estão previstos para hoje os resultados de Embraer, Carrefour, BR Distribuidora e Braskem.

Primeiro, a prévia do IGP-M de novembro 8:00. Mais tarde, o ministro da Economia, Paulo Guedes participa de um painel sobre economias emergentes 11:00.

Nos Estados Unidos, os investidores aguardam sinais de que o Fed deve estimular ainda mais a economia, com quatro dirigentes programados para discursarem ao longo do dia.

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